segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Paulo Sant'Ana, uma vida ao próximo


Grande exemplo de cidadão, Pablo, como gosta por vezesd ser chamado, brada em suas colunas pelo povo humilde. Grande herói da vida real. 

“Sant'Ana é colunista do jornal Zero Hora desde 1971. Jornalista de intelecto invejável é colunista diário no jornal, também comentarista da RBS TV e da Rádio Gaúcha, na qual participa do programa de debates Sala de Redação. É um dos membros mais antigos do programa Jornal do Almoço e o único dos pioneiros em atividade. É um dos mais conhecidos e respeitados jornalistas do Rio Grande do Sul. Atualmente encontra-se constantemente afastado dos programas que participa, de licença tratando de problemas de saúde.
As palavras acima foram retiradas do site Wikipédia. Para alguém que não acompanha a carreira de Paulo Santana a definição acima poderia ser suficiente. Contudo, esta definição retrata Santana como alguém que ele não é.
Paulo Santana não é um comunicador bem sucedido. Não foi mais um inspetor e delegado de polícia. Não é mais um formado em direito. Não é mais um integrante do grupo RBS.
Não! Paulo Sant’Ana é tudo isso e muito mais. Ele é uma das mais brilhantes e vivas mente em atividade no Rio Grande do Sul, e por que não do Brasil. Com seu jeito simples de denunciar, de defender aqueles que são explorados e que geralmente não tem voz na nossa sociedade, Sant’Ana aponta-me que o importante na vida não é apenas ser alguém bem sucedido. Importante mesmo é ter sucesso em prol dos outros. O melhor sucesso que alguém pode ter na sua vida é ver que viveu e se dedicou por aqueles que sofrem, por aqueles que estão esquecidos, por aqueles desvalorizados...
Se nosso estimado Paulo Sant’Ana fosse membro de alguma ordem religiosa eu diria que ele seria o São Francisco de nosso tempo. Nem tanto, mas também, pela sua humildade e pelo seu amor pelo próximo tão amplamente manifesto em sua coluna diária no Jornal Zero Hora; mas sim pela sua postura diante do inevitável desta vida: a morte.
Segundo o próprio Sant’Ana, ele já sofreu e continua sofrendo de diversas doenças. Mas, acredito pessoalmente que a postura do Paulo diante das doenças é a sua própria arma contra as mesmas. Ele é um fatalista. Sabe que um dia a morte virá. Contudo, não se desanima. Em sua dor encontra forças para desamparar os que sofrem como ele. É incrível. Por mais debilitado que ele possa estar, ele sempre tem algo para confortar seus leitores.
E nas suas doenças ele encontra, de forma incrível, forças para protestar contra a precariedade do SUS, contra a corrupção dos políticos – que ele diz terem vocação para roubar- contra o preço abusivo das garagens de Porto Alegre. E faz mais ainda!
Para desespero do Cacalo e de metade do Rio Grande do Sul, encontra forças para exortar o Grêmio a fugir de um possível rebaixamento. Isto na primeira semana de Campeonato Brasileiro.
Pessoalmente não conheço o Sant’Ana. Mas não é preciso conhecer para admirar e respeitar. Sempre que posso compro um jornal para ler a coluna deste sábio. Se não dá entro no blog dele e leio os seus textos. Ahh! E nas segundas e quintas meu celular só sintoniza a Gaúcha no horário das 13h e 5 min até às 13h e 55h, só para ouvir o Sala de Redação.
O meu objetivo não era criar uma biografia sobre este ilustre pensador do Rio Grande do Sul, mas sim apenas manifestar meus sinceros agradecimentos por me mostrar que a vida só tem sabor quando é vivida para os outros.
Muito Obrigado Sant’Ana.

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