segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Fragmento de uma matéria que o jornalista Tiago Lobo está fazendo sobre o Gaucho Negro RLSH


"Quando cai a noite no estado do Rio Grande do Sul e a maioria das pessoas vai dormir ele começa uma jornada solitária. Vestido todo de preto e escondido atrás de uma máscara negra, com o símbolo de um morcego vermelho na testa, o homem anônimo escolhe uma região e entra a madrugada como um vigilante obstinado. Ele é um herói da vida real e seu codinome é Gaúcho Negro. Gente esta história parece coisa de filme!
Sem superpoderes, cinto de utilidades ou qualquer acessório extraído de histórias em quadrinhos, Gaúcho Negro realiza suas patrulhas noturnas uma vez por semana, há mais de três anos, nas cidades de Porto Alegre, Cachoeirinha e Gravataí. Ele previne assaltos, presta socorro a acidentados e vigia pessoas vulneráveis que voltam para casa após um dia de trabalho.
Nesta rotina a escuridão é sua principal aliada. O herói fica praticamente invisível nas sombras enquanto observa o movimento que, devido aos horários de sua atuação, geralmente é fraco. Bem, a esta altura você já deve pensar que o sujeito é completamente louco. Foi o mesmo o que o repórter imaginou. Até conhecer o herói. Ele sabe o que está fazendo e possui preparo para lidar com situações de perigo. O cidadão que se esconde sob a máscara é um profissional do ramo da segurança, possui treinamento de primeiros socorros, artes marciais, porte de arma e boas relações com soldados da polícia militar nas regiões onde costuma atuar.
Outra peculiaridade: ele não é um vingador. O Gaúcho Negro age dentro da lei e, inclusive, se apresenta a polícia toda vez que sai para patrulhar uma área. Entregando cópia da sua identidade civil e explicando seu trabalho. Essa postura lhe rendeu aliados: quando me encontrei com o vigilante vi policiais acenarem ou buzinarem de dentro de viaturas para o herói.
A origem da lenda
O personagem que vigia as noites gaúchas começou a ganhar vida ainda na infância do homem de uniforme negro. Os primeiros valores foram disseminados pelo pai, um policial civil aposentado que tinha por habito auxiliar as pessoas. "Ele não podia ver uma pessoa com o carro estragado, por exemplo, que parava tudo para ajudar", lembra dona Ana (o nome foi trocado a pedido da fonte), ex-mulher do policial e mãe do herói da vida real.
(...)

O super-heróí e seus ajudantes
Para os dois filhos, uma menina de 7 anos e um garoto de 12, o homem que se fantasia de Gaúcho Negro possui o superpoder da onipresença: em tempos onde as famílias passam pouco tempo juntas, Gaúcho Negro faz questão de buscar as crianças na escola, todos os dias. Claro que sem fantasia.
(...)

Tiago Lobo Entrevistando o Gaucho Negro RLSH para a rádio Guaíba

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